The biggest (and most frequent) problem I detect in startups (and SMEs), between the launch phase and business consolidation, is their inability to communicate the absolute basics.
After all, what do they actually do?
In other words: “Explain to me in writing and in 160 characters why this company was created.”
The most common pattern is the attempt to “embellish” the mission statement with outdated business and management clichés.
Let’s imagine a startup dedicated to developing port management software.
If this company is looking for clients and public exposure in the early stage, it’s essential to align the basic pillars of presentation, including a very short and simple mission description and a concise tagline.
Here’s an example of a common mistake from the imaginary PortSoftware.
On their official website, we click “About Us” or “Company” and read:
“We are passionate about delivering solutions that generate value for our clients. We combine technology and expertise to optimize your facilities and increase efficiency. With the maritime world rapidly changing, we harness the power of digital to leverage your daily operations.”
At the top of the page, there’s also a tagline: “PortSoftware: Cutting-Edge Technology for Seaports”
After reading it, I ask: “Sorry, but I still don’t understand what you actually do.”
The consequence of this widespread Achilles’ heel is the inability of these companies to be found in the digital space.
Nowadays, a large part of product and service searches – and purchase decisions – happens online.
When we need something, we search for “port management software” or “coffee machine repairs in Porto.”
As simple as that, right?
That’s why I often do an exercise with startups and SMEs: reviewing all communication materials and touchpoints with clients, potential clients, and the media, making sure we are crystal clear about “What we do.”
If a company makes cookies and biscuits, it should be simplified: “A Estaladiça has been making artisanal cookies and biscuits since 1977.”
And then add detail:
“Estaladiça is a family-owned company founded in Porto in 1977 by João Andrade and Joana Vasconcelos. Our food products are entirely handmade, using only ingredients sourced in Portugal, with no artificial coloring or preservatives. We focus on limited, non-industrial production to guarantee the best taste and exceptionally high quality. Our cookie and biscuit recipes have remained unchanged since the founding of Estaladiça.”
This exercise of simplification and detail – at the same time – is often neglected by companies.
And what many of them don’t realize is that this generates business.
Why? Because the short description, the detailed description, and the tagline are all searchable in search engines and social networks.
For my work in Corporate Communication consulting with startups and SMEs, I developed a method of mapping three levels of business keywords as the starting point for all semantic and contextual consolidation of a company.
And, forgive me the lack of modesty – it works.
All it takes is the willingness of business leaders to accept sometimes deep changes.
🇵🇹
O maior (e mais frequente) problema que detecto em startups (e PMEs), entre a fase de arranque e a consolidação de negócio, é a incapacidade de comunicarem o mais básico.
Afinal, o que é que realmente fazem?
Por outras palavras, “Expliquem-me por escrito e em 160 caracteres por que razão a empresa foi criada?”
O padrão mais comum é a tentativa de “embelezamento” da descrição da missão com conceitos e clichés empresariais e de gestão ultrapassados.
Imaginemos uma startup dedicada ao desenvolvimento de software de gestão de portos de mar. ⚓️
Se esta empresa procura clientes e exposição pública na fase inicial, é fundamental alinhar pilares básicos de apresentação, entre os quais, uma descrição muito curta e simples da missão e um mote muito sucinto.
Eis um exemplo de um erro comum da imaginária PortSoftware.
No website oficial, clicamos em “Quem Somos” ou “Empresa” e lemos:
“Somos apaixonados por entregar soluções que geram valor para os nossos clientes. Combinamos tecnologia e experiência para optimizar as suas instalações e aumentar a eficiência. Com o mundo marítimo em rápida transformação, aproveitamos o poder digital para alavancar as suas operações diárias.”
No topo da página, há também um mote: “PortSoftware: Tecnologia de Vanguarda para Portos de Mar”
Depois de lido, pergunto: “Peço desculpa, mas continuo sem perceber o que fazem.”
A consequência deste Calcanhar de Aquiles relativamente generalizado é a incapacidade destas empresas de serem descobertas no meio digital.
Hoje em dia, grande parte da procura e tomada de decisão de compra de um produto ou serviço é feita online.
Quando precisamos de alguma coisa, pesquisamos por “software de gestão de portos de mar” ou “reparações de máquinas de café no Porto.”
Tão simples quanto isto, certo?
Por isso, costumo fazer um exercício com startups e PMEs de revisão de todos os materiais e momentos de comunicação com clientes, potenciais clientes e meios de comunicação social, de forma a sermos muito claros em relação ao “O que fazemos.”
Se uma empresa faz bolachas e biscoitos, há que simplificar: “A Estaladiça produz bolachas e biscoitos artesanais desde 1977.”
E só, depois, detalhar:
“A Estaladiça é uma empresa familiar criada no Porto em 1977 pelo casal João Andrade e Joana Vasconcelos. Os nossos produtos alimentares são integralmente feitos de forma artesanal e com recurso a ingredientes produzidos exclusivamente em Portugal, sem corantes nem conservantes. Apostamos em produção limitada e não industrial, de forma a garantir o melhor sabor e uma qualidade excepcionalmente superior. As receitas dos nossos biscoitos e bolachas mantêm-se inalteradas desde a fundação da Estaladiça.”
Este exercício de simplificação e detalhe – em simultâneo – é muitas vezes negligenciado pelas empresas.
E o que muitas delas desconhecem é que isto gera negócio.
Porquê? Porque tanto a descrição breve, como a descrição detalhada e o mote são pesquisáveis em motores de busca e redes sociais.
Para o meu trabalho de consultoria em Comunicação Empresarial com startups e PMEs, desenvolvi um método de mapeamento de três níveis de palavras-chave do negócio como ponto de partida para todo o trabalho de consolidação semântica e contextual de uma empresa.
E, perdoem-me a imodéstia, funciona.
Basta a abertura dos líderes do negócio para aceitar alterações, por vezes, profundas.
